As Jornadas

Num mundo em que o contacto entre diferentes línguas e culturas é cada vez mais evidente, cabe aos atores educativos reunir esforços no sentido de contribuir para sociedades mais solidárias e inclusivas. As práticas curriculares devem, assim, apelar ao respeito e à preservação da diversidade linguística e cultural e ao diálogo intercultural, privilegiando os valores democráticos e promovendo a educação para a cidadania e o respeito pelo Outro e pelas suas formas de comunicação e de expressão.

É neste quadro que se afiguram necessários os conceitos de educação plurilingue e intercultural (e outros que lhes estão associados, tais como “sensibilização para a diversidade linguístico-cultural”, “intercompreensão”…), à luz dos textos reguladores das políticas linguísticas europeias, tais como o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001) a), o Portfolio Europeu de Línguas (2001) b) ou o Guide for the development and implementation of curricula for plurilingual and intercultural education (2010), que estão subjacentes às orientações para o sistema educativo nacional.

O LALE (Laboratório Aberto para a Aprendizagem de Línguas Estrangeiras), uma estrutura de investigação/formação/intervenção do CIDTFF (Centro de Investigação “Didática e Tecnologia na Formação de Formadores”), sediado no DE (Departamento de Educação) da Universidade de Aveiro, tem, desde a sua criação em 1999, produzido conhecimento sobre a educação plurilingue e intercultural nomeadamente sobre o conceito de “competência plurilingue” (CP), tendo construído um modelo descritivo do conceito (dimensões, processos e desenvolvimento). A esta descrição seguiu-se um trabalho focalizado na análise do desenvolvimento da CP em contextos educativos. Numa fase mais recente, o Laboratório direcionou as suas atividades para: a) a análise de processos de construção e desenvolvimento de parcerias entre investigação/intervenção/sociedade, no âmbito da educação em línguas; b) a compreensão do papel dessas parcerias no desenvolvimento da CP (em contextos formais e informais); e para c) o desenvolvimento e avaliação de programas orientados para o desenvolvimento da CP concebidos no âmbito dessas parcerias. Deste modo, o LALE tem desenvolvido a sua ação em interação constante com a formação de professores responsáveis pela educação em línguas em diferentes níveis de ensino.

Tendo em conta o conhecimento produzido pelo LALE no âmbito da educação em línguas, as Jornadas visam:

  • promover a reflexão sobre práticas de educação plurilingue e intercultural;
  • partilhar conhecimento sobre abordagens plurais em diferentes contextos e níveis de ensino, contribuindo para o desenvolvimento de competências teóricas, conceptuais, metodológicas e práticas relacionadas com a educação plurilingue e intercultural;
  • fomentar a articulação entre o LALE, as escolas e outras instituições, na área da educação em línguas.

As Jornadas destinam-se, desta forma, a educadores de infância, professores generalistas do 1.ºCiclo do Ensino Básico e professores/formadores de línguas dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário (Grupos de docência: 100, 110, 200, 210, 220, 300, 310, 320, 330, 340, 350).

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